terça-feira, 31 de outubro de 2023

A Falsa doutrina da cobertura espiritual

 A Falsa doutrina da cobertura espiritual 

A doutrina da "cobertura espiritual" é um conceito que tem sido difundido em algumas igrejas, mas que não encontra respaldo bíblico. Essa doutrina sugere que determinados líderes religiosos possuem uma autoridade espiritual especial que lhes permite oferecer proteção espiritual aos seus seguidores. No entanto, essa ideia contradiz os ensinamentos bíblicos sobre a relação direta e pessoal de cada crente com Deus.

A Bíblia ensina que todos os crentes têm acesso direto a Deus por meio de Jesus Cristo. Em Hebreus 4:16, lemos: "Acheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." Isso indica que não precisamos de intermediários humanos para nos aproximarmos de Deus. A bíblia ensina que existe apenas um mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo homem (1 Tm 2.5) e também ensina que Jesus é o cabeça de Todo o homem (1 Co 11.3) e o cabeça da Igreja (Cl 1.18) 


Além disso, a ideia de que alguns líderes têm poderes especiais para oferecer "cobertura espiritual" pode levar a uma dependência excessiva desses líderes e a um afastamento da responsabilidade pessoal de cada crente em buscar a Deus e seguir Seus ensinamentos. Ao contrário a bíblia ensina que a unção que recebemos de Deus nos ensina e não precisamos que ninguém nos ensine (1 Jo 2.20, 27) que as ovelhas de Jesus ouvem a sua voz (João 10) 


Um texto bíblico que refuta a falsa doutrina da cobertura espiritual é encontrado em Isaías 30:1-2: "Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomam conselho, mas não de mim; e que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado..." Este texto alerta contra aqueles que buscam proteção e conselho fora da vontade de Deus, confiando em fontes humanas em vez de buscar a orientação divina, a bíblia afirma que "maldito é o homem que confia no homem e faz da carne o seu braço" (Jr 17.5) 


Conclusão: A doutrina da "cobertura espiritual" não é bíblica e pode levar os crentes a um entendimento equivocado sobre sua relação com Deus.


Yuri Schein

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

JESUS VOLTOU NO ANO 70 d.C? COMO ENTENDER ISSO?

 JESUS VOLTOU NO ANO 70 d.C? COMO ENTENDER ISSO? 


A crença pós-milenista preterista parcial de que Jesus voltou no ano 70 d.C, e que ainda haverá uma volta de Jesus, ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos no último dia. Essa é uma visão que interpreta algumas das profecias bíblicas de forma histórica e simbólica, e não literal e futurista. 


O ARREBATAMENTO ACONTECEU NO ANO 70 d.C.?

Essa é uma pergunta que muitos cristãos se fazem ao lerem Mateus 24.31, onde Jesus diz: “E ele enviará seus anjos com um alto som de trombeta, os quais reunirão seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade do céu”. Será que esse versículo se refere a um evento futuro, ou já se cumpriu na história?

Para responder a essa questão, precisamos entender o contexto em que Jesus falou essas palavras. Ele estava respondendo aos seus discípulos sobre os sinais da sua vinda e do fim dos tempos (Mt 24.3). Ele lhes advertiu sobre falsos cristos, guerras, fomes, pestes, perseguições, abominação da desolação, tribulação e sinais no céu (Mt 24.4-29). E então ele afirmou: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam” (Mt 24.34).


O que significa “esta geração”? Será que Jesus estava se referindo aos seus contemporâneos, ou a uma geração futura? A resposta mais natural e coerente é que ele estava falando daqueles que estavam vivos naquele tempo, e não de pessoas que viveriam milhares de anos depois. Essa é a forma como ele usou essa expressão em outros lugares do seu ministério (Mt 11.16; 12.39; 23.36). Além disso, ele usou o pronome “vós” para se dirigir aos seus ouvintes (Mt 24.33), indicando que eles mesmos veriam o cumprimento das suas palavras.


Mas o que significa “todas estas coisas”? Será que Jesus estava se referindo a todos os eventos escatológicos, incluindo a sua segunda vinda gloriosa, a ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos? Ou será que ele estava se referindo apenas aos eventos relacionados à destruição de Jerusalém e do templo, que ocorreram no ano 70 d.C? A resposta mais razoável e consistente é que ele estava se referindo à segunda opção. Isso porque ele usou essa mesma expressão para se referir ao templo e aos seus edifícios (Mt 24.2). Além disso, ele usou termos como “vinda” e “dia” de forma simbólica e não literal, para descrever o seu juízo sobre a nação judaica (Mt 24.27,30; cp. Is 13.6-10; Ez 30.3-4; Os 5.8-9). Ele também usou imagens apocalípticas para ilustrar a sua soberania sobre os acontecimentos históricos (Mt 24.29-31; cp. Is 34.4; Dn 7.13-14; Zc 2.6-13).


Portanto, podemos concluir que Mateus 24.31 não ensina um arrebatamento futuro, mas sim um arrebatamento histórico, que aconteceu no ano 70 d.C., quando Jesus enviou seus mensageiros (anjos) para reunir seus escolhidos (a igreja) desde os quatro ventos (as nações) de uma à outra extremidade do céu (o mundo todo, onde os apóstolos pregaram o evangelho). Esse arrebatamento foi espiritual e não físico, pois significou a separação dos cristãos dos judeus incrédulos, e a sua preservação da grande tribulação que se abateu sobre Jerusalém e o templo.


SINAIS NO CÉU


Essa interpretação é corroborada por evidências históricas e bíblicas. O historiador Flávio Josefo registrou vários sinais e prodígios que antecederam a destruição de Jerusalém, observe:


Um cometa, que tinha a forma de uma espada apareceu sobre Jerusalém, durante um ano inteiro".


..."Antes de começar a guerra, o povo reunira-se a oito de abril, para a festa da Páscoa, e pelas nove horas da noite, viu-se, durante uma meia hora, em redor do altar e do templo, uma luz tão forte que se teria pensado que era dia".


..."Durante essa mesma festa uma vaca que era levada para ser sacrificada, deu à luz, um cordeiro no meio do templo".


..."Um pouco depois da festa, a vinte e sete de maio aconteceu uma coisa que eu temeria relatar, de medo que a tomassem por uma fábula, se pessoas que também a viram, ainda não estivessem vivas e se as desgraças que se lhe seguiram não tivessem confirmado a sua veracidade. Antes do nascer do sol viram-se no ar, em toda aquela região, carros cheios de homens armados, atravessar as nuvens e espalharam-se pelas cidades, como para cercá-las".


..."Por volta da hora sexta da noite, o portão leste do Templo foi visto ser aberto sem ajuda humana". (Nota: este portão era de latão sólido e precisava de vinte homens para fechá-lo toda noite)


..."Na subsequente festa de pentecostes, enquanto os sacerdotes estavam indo, a noite, para dentro do santo dos santos, fazer suas ministrações de costume, primeiro sentiram, conforme contaram, um tremor, acompanhado por um pequeno indistinto murmurar e depois vozes, como de uma multidão, dizendo, de forma nítida e apressada, “vamos embora".¹


Outros textos de Josefo


 "Haviam acontecido vários prodígios em que esta nação, que é muito suscetível a superstições (mas que no entanto odiava todos os rituais religiosos) não considerou legítimo fazer a expiação através de ofertas e sacrificios.


...Haviam sido vistos exércitos participando de uma batalha nas nuvens, o fulminante brilho das armas, o templo iluminado por uma repentina radiação que vinha das nuvens.


...As portas do local sagrado interior foram subitamente abertas, e uma voz em um tom mais que mortal foi ouvida, e essa voz clamava que os deuses estavam indo embora.

...Na mesma hora, houve um poderoso movimento como de algo indo embora"


..."No início desse ano, Tito César, foi escolhido por seu pai para completar a subjugação da Judéia, e aqueles que se distinguiram como soldados quando ambos eram ainda súditos começaram a ganhar poder e reputação, os exércitos e províncias buscaram superar uns aos outros em sua fidelidade a ele. O próprio rapaz, ansioso para ser considerado superior em sua posição, buscou demonstrar sua habilidade e energia na guerra. Devido à sua cortesia e afabilidade ele inspirou obediência, e usualmente misturava-se aos soldados comuns, quando trabalhavam ou marchavam, sem arriscar sua dignidade de general.


...Ele encontrou na Judéia três legiões, a 5a., a10a., e a 15a., todas tropas de veteranos de Vespasiano. A estas, ele adicionou a 12a. da Síria, e alguns homens pertencentes à 18a. e 3a., as quais ele trouxe de Alexandria. Esta força foi acompanhada de vinte coortes de tropas aliadas e oito esquadrões de cavalaria, pelos dois reis Agrippa e Sohemus, pelas forças auxiliares do rei Antíoco, por um forte contingente de árabes, que odiavam os judeus com o usual ódio de vizinho e, por último, por várias pessoas trazidas da capital e da Itália com a particular esperança de granjear o afeto ainda não garantido do príncipe. Com esta força, Tito entrou no território inimigo, preservando estrita ordem em seu avanço, fazendo o reconhecimento de cada ponto, e sempre disposto a engajar em uma batalha. Enfim, ele acampou perto de Jerusalém".²


Esses sinais e prodígios confirmam as profecias de Jesus sobre a vinda de falsos cristos e falsos profetas, que fariam grandes sinais e prodígios para enganar até os escolhidos, se possível fosse (Mt 24.24; 2Ts 2.9-12). Eles também confirmam as profecias de Jesus sobre as coisas espantosas e os grandes sinais no céu, que precederiam a sua vinda (Lc 21.11).


Paulo disse aos Tessalonicenses que o iníquo, que se opunha e se levantava contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, seria revelado e consumido pelo sopro da boca do Senhor e aniquilado pela manifestação da sua vinda (2Ts 2.3-8), visto que o iníquo veio naquela geração (Mt 24.15,21,34) podemos concluir que houve uma vinda de Jesus naquela geração.


HAVERÁ UMA VINDA DE JESUS E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS NO FIM DOS TEMPOS: 


Mas isso significa que não há mais nenhuma esperança para os cristãos de hoje? Que não há mais nenhuma promessa de uma segunda vinda gloriosa, uma ressurreição dos mortos e um arrebatamento dos vivos no último dia? De modo nenhum! A Bíblia também nos ensina que há uma dimensão futura e escatológica da vinda de Jesus, que ainda não se cumpriu. Essa dimensão é diferente daquela que se cumpriu no ano 70 d.C., pois envolve a consumação de todas as coisas, a restauração de todas as coisas, a renovação de todas as coisas.


VINDA FINAL DE CRISTO, RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, ARREBATAMENTO DOS VIVOS, JULGAMENTO FINAL E MANIFESTAÇÃO FINAL DE JESUS E DEUS A TODOS OS HOMENS


Essa dimensão futura e escatológica da vinda de Jesus é revelada em passagens como João 14.1-3, onde Jesus diz aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, VIREI OUTRA VEZ, e OS TOMAREI PARA MIM MESMO, para que onde eu estiver estejais vós também”. Nessa passagem, Jesus promete aos seus discípulos que ele voltaria para levá-los para o lugar que ele preparou para eles na casa do Pai. Esse lugar é o céu, a morada eterna dos salvos.


Para a ressurreição dos mortos: 1 Coríntios 15:12-23, que afirma que Cristo é as primícias dos que dormem e que todos os que são dele SERÃO VIVIFICADOS NA SUA VINDA. Haverá uma ressurreição de Justos e Injustos, na "mesma hora" também chamado de último dia, significa que é um mesmo evento: João 5.28-29, 6.40, 11.24, 12.48) 


Para o ARREBATAMENTO DOS VIVOS: Em 1 Tessalonicenses 4:16-17, que diz que o Senhor DESCERÁ DO CÉU com voz de arcanjo e trombeta de Deus e que os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares. 


Além disso, o apóstolo Paulo escreveu que Deus daria alívio aos crentes quando O SENHOR JESUS SE MANIFESTASSE DESDE O CÉU com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho (2Ts 1.6-10) e isso se refere ao juízo final onde os ímpios seriam lançados no inferno (Sl 9.17, Ap 20.15, 21.8, Pv 14.32, Is 5.14, Mt 25.41-46)


Filipenses 2:9-11, diz que Deus exaltou Jesus acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.


Hebreus 9:28, afirma que assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para levar os pecados de muitos, APARECERÁ SEGUNDA VEZ, sem pecado, AOS QUE O ESPERAM para salvação.


Alguns preteristas defendem que esse verso de Apocalipse 1.7 que afirma "eis que VEM com as nuvens, e TODO O OLHO O VERÁ, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém."  Se refere aos judeus daquela época, mas eu creio que seja uma referência ao futuro quando Jesus ressuscitará os mortos e os julgará, principalmente pelo fato da probabilidade dos homens que transpassaram Jesus já estivessem mortos e isso não afeta em nada o preterismo parcial.


Outro texto também que alguns preteristas dizem se referir a destruição de Jerusalém e eu julgo ser um texto sobre a Vinda final de Cristo é 2 Pedro 3:10-13, que anuncia que "o dia do Senhor VIRÁ como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vindado dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça."


2 Timóteo 4:1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, PELA SUA MANIFESTAÇÃO e pelo seu reino.


A MANIFESTAÇÃO É UMA REVELAÇÃO TRINITARIA


Jesus está assentado com o Pai no Seu Trono (Ap 3.21) seus olhos são os sete Espíritos de Deus (Ap 5.6) quando Jesus se manifestar será uma revelação TRINITARIA, como todas as teofanias são, visto que só há um Deus, as três pessoas estão juntas em todas as manifestações divinas


O HOMEM DA INIQUIDADE (2 Tessalonicenses 2)


Devemos apontar que essa passagem não trata da segunda vinda de Cristo no nosso futuro, mas do juízo contra os judeus em 70 d.C. Alguns rapidamente afirmarão que é uma passagem para o futuro pois fala da "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Mas isso por si só não indica se o tema é o juízo contra os judeus no primeiro século. ou a segunda vinda de Cristo para o juízo final e a ressurreição, pois a ideia de "vinda" pode se aplicar a ambos.


 Alguns exemplos sobre a VINDA DE CRISTO E DE DEUS


“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!” (Apocalipse 1.7)


Esse texto é usado por preteristas e futuristas, os primeiros geralmente apoiam que ele se refere a VINDA de Jesus no primeiro século e os futuristas sobre a VINDA DE JESUS no final dos tempos, eu particularmente creio que ESSE TEXTOS especificamente se refira a vinda de Jesus no final dos tempos, mesmo assim mantenho o preterismo de que a maioria dos eventos de Apocalipse se referiram ao primeiro século


AS VINDAS DE DEUS E CRISTO NAS TEOFANIAS:


Desde o Antigo Testamento DEUS vem se revelando em teofanias, em Gn 3.8 ele era presente para Adão e Eva na viração do dia, em Gn 17.1 Deus aparece a Abrão, Deus também VEM a Abraão com dois anjos na destruição de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18-19), VEM até Jacó no vale de Jaboque (Gn 32) Deus também VEM até os pais de Sansão anunciar que ele nasceria (Juízes 13, compare o verso 18 com Isaías 9.6 e contexto). A Vinda de Belém :“E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel”. (Mateus 2:6) a vinda final: “e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”. (Atos 1:11) Também podemos o que alguns chamam de Vinda ao Pai.


“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele”. (Daniel 7:13 - o grifo é meu) há também: A vinda do Espírito. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”. (João 14:16-18) e  Isso ocorreu no dia de Pentecostes com a descida do Espírito Santo. Há também a vinda em Julgamento: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5)


 Cesar Francisco Raimundo fala sobre o que chama de“Vindas nas Nuvens" ele diz *são freqüentes emblemas proféticos do Antigo Testamento. Eles servem como indicadores de visitações divinas de juízo sobre as nações antigas, históricas. Deus vem 'em decisão judicial sobre os inimigos de Israel em geral (Salmo 18:7-15; 104:3), sobre o Egito (Isaías 19:1), ao desobediente Israel no Antigo Testamento (Joel 2:1, 2 ), e assim por diante”.


Então fala sobre a Vinda nas nuvens se referir ao Julgamento que veio contra Israel


   “Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Responderam-lhe: Fará perecer horrivelmente a estes malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos”. “Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.   Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas parábolas, entenderam que era a respeito deles que Jesus falava...”. Mateus 21:40-41, 43-45).


   “...e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade”. (Mateus 22:6-7)


 Cesar Raymundo diz: "Isto é exatamente o que Ele fez em 70 dC com a destruição de Jerusalém. Nosso ponto nesta seção é que há um juízo que veio contra Israel, que é o que Jesus predisse." 


   “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.   Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!"                                                                          Mateus 23:33-39


Como Ele poderia ter dito isto mais claro? Ele estava vindo em julgamento sobre a geração de que ele estava falando.


Em resumo, o tema do livro de Apocalipse é a vinda de Jesus Cristo em julgamento contra Israel."³


Embora eu creia nisso, ressalto que alguns versículos parecem ser uma referência a vinda gloriosa de Cristo no fim dos tempos como Ap 1.7 que também é um tema no final do Livro de Apocalipse (ver 20 a 22) o motivo disso é o que já disse, Jesus diz que até mesmo seus algozes o verão, e provavelmente estes já estavam mortos aqui, se não todos, pelo menos um deles.


Continuando agora sobre o assunto anterior, o arrebatamento e homem da iniquidade


 O tema de 2 Tessalonicenses também se refere a "sermos ajuntados a ele". Isso é facilmente tomado com o fato de sermos "arrebatados ... ao encontro do Senhor" (1 Tessalonicenses 4:17), mas as expressões não são as mesmas. Em vez disso, lembra a linguagem usada em Mateus 24, onde Jesus diz que seus anjos irão "ajuntar os seus escolhidos desde os quatro ventos" (v. 31). E esta profecia diz respeito à destruição de Jerusalém (ver Mateus 23:35, 24:2), que aconteceria "nesta geração" (Mateus 23:36, 24:34), ou seja, dentro daquela própria geração de Jesus no primeiro século.


E isso nos remete historicamente a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., mesmo assim, não precisamos de apoio histórico para interpretarmos a passagem dessa forma, basta perceber que há uma "vinda" de Cristo em juízo dentro de uma geração do seu ministério, e depois há outra "vinda" de Cristo para um juízo final e universal, para a ressurreição dos santos e para levar aqueles crentes que viverão naquele tempo. O último evento geralmente chamamos de "segunda vinda".


O verso 2 de 2 Ts 2, mostra que os tessalonicenses provavelmente estavam incomodados e perturbados por "alguma profecia, palavra ou carta" enviada a eles, talvez como se estivesse sido escrita pelo próprio Paulo, dizendo que o dia do Senhor já chegou. Paulo agora se opõe a isso, lembrando-os do que ele lhes ensinou quando estava com eles (v. 5). 


SIGNIFICADO DE DIA DO SENHOR:


1. Se refere ao Juízo divino sobre os pecadores (Is 2.12, 13.6, 9)


2. Pode se referir ao dia de Descanso (Is 58.13)


3. Dia de Vingança dos seus adversários: (Jr 46.10) note que Jesus diz que a Grande Tribulação serão dias de vingança para cumprir tudo o que está escrito e que os judeus cairão ao fio de espada e serão espalhados pelas nações (Lc 21.22-24) Ezequiel diz que esse será o tempo dos gentios (Ez 30.3) 


5. É o dia da salvação dos crentes (1 Co 5.5)


Especificamente, ele chama a atenção para alguns dos sinais que devem preceder o evento:  aqui chamado de "DIA DO SENHOR" Primeiro, o dia do Senhor não virá "sem que antes venha a apostasia". A palavra é apostasia, e pode se referir a rebelião religiosa ou política. Aqui, provavelmente se refere à revolta judaica contra os romanos que precipitou a destruição de Jerusalém em 70 d.C.


Em segundo lugar, "o homem do pecado" deve ser revelado. Ele deve primeiro se tornar público e ativo. Ele se assentaria no templo e se declararia Deus (v. 4). A sua vinda ocorreria acompanhada de "todo poder, e sinais e prodígios de mentira" (v. 9). Ele é impedido de se revelar, ou de se tornar público e ativo, no momento da escrita desta passagem, mas surgiria quando o fator restritivo fosse removido (v. 5-7). E depois que ele fosse revelado e ativo por um tempo, o Senhor Jesus viria com poder para destruí-lo (v. 8).

A identidade desse homem é um assunto de debate, mas provavelmente Paulo se refere a Nero. No entanto, esta informação  histórica e extra-biblica não é revelante ou necessária para uma interpretação precisa da passagem. Não há necessidade de especificar o homem da iniquidade pelo nome, para compreender e aceitar tudo o que a passagem diz. Já que sabemos que a passagem se refere à destruição de Jerusalém dentro de uma geração do ministério de Jesus, sabemos que este homem, algum tempo depois de escrever esta carta e algum tempo antes da destruição de Jerusalém, emergiu para se tornar público e ativo, e cumpriu tudo o que esta passagem fala sobre ele. E depois de algum tempo, ele foi destruído. Esse é um tema bem vasto na Escritura, há várias profeciais do que esse homem da iniquidade faria, como os judeus seriam mortos e o templo foi destruído. Esse evento, também chamado de Grande Tribulação, Dia do Senhor e Vinda de Jesus marcou o fim de uma era. Jesus disse aos judeus: "Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Mateus 21:43). E também: "Que fará, pois, o senhor da vinha? VIRÁ, e destruirá estes lavradores, e dará a sua vinha a outros" (Marcos 12:9). Jesus disse-lhes que viria e os mataria, e o fez na "vinda" de juízo contra eles.


¹ Livro: Guerra dos Judeus, Flávio Josefo

² LIVRO V, 70 dC (Publius Cornelius Tacitus 55 À 120 D.C.). Site: www.preteristarchive.com/Rome/ P. Cornelius Tacitus - Annals (109, 1904 Edition) acessado dia 01/06/2015

sábado, 28 de outubro de 2023

A Lenda de Atlântida: Uma Cidade Perdida

 A Lenda de Atlântida: Uma Cidade Perdida

A história de Atlântida é uma das mais antigas e fascinantes lendas da humanidade, cuja origem remonta à filosofia de Platão, um dos mais renomados filósofos da Grécia Antiga. Segundo Sócrates em seus diálogos platônicos, Atlântida foi uma avançada civilização localizada além das colunas de Hércules, uma área que muitos acreditam ser o estreito de Gibraltar. 

As principais fontes de informações sobre Atlântida são os diálogos "Timeu" e "Critias", escritos por Platão em torno de 360 a.C. Nestes diálogos, Platão narra a história de Solon, um antigo legislador grego, que teria recebido essas informações de sacerdotes egípcios durante sua visita ao Egito no século VI a.C.

De acordo com a história contada pelos sacerdotes ao legislador grego, Atlântida era uma ilha de beleza inigualável, governada por uma sociedade avançada tecnologicamente e socialmente. Seus habitantes, os atlantes, eram conhecidos por sua sabedoria, riqueza e poder. No entanto, com o passar do tempo, os atlantes se tornaram ambiciosos e agressivos, levando-os a entrar em guerra contra Atenas, a antiga cidade-estado grega.

Após uma série de conflitos, Atlântida foi submersa no oceano em um único dia e uma noite de catástrofe natural, desaparecendo para sempre. Desde então, diversos estudiosos e pesquisadores têm se dedicado a buscar a localização exata dessa lendária cidade 

Porém, para além das fontes históricas, muitas outras obras de ficção contribuíram para popularizar a lenda de Atlântida ao longo dos séculos. Quadrinhos, animes, filmes e romances exploraram inúmeras teorias e versões sobre essa misteriosa civilização.

Um exemplo é a HQ "A Era de Ouro: Atlântida", que retrata Atlântida como uma cidade tecnologicamente avançada, com poderes mágicos e criaturas fantásticas. Essa história cria uma conexão entre Atlântida e outras civilizações perdidas, como Lemúria e Mu, estabelecendo grandes conspirações e alianças secretas que influenciam o curso da história humana.

Outra fonte fictícia é o anime "Aquarion Evol", que apresenta Atlântida como um continente submerso onde coexistem humanos e seres alienígenas chamados "Aquarions". Nessa versão, Atlântida é retratada como um local cheio de segredos ancestrais e tecnologia avançada que pode mudar o destino da humanidade.

Mas apresentação de uma outra ficção, uma teoria da conspiração intrigante que une Atlântida aos habitantes da Terra Oca e até mesmo a uma civilização alienígena. Essa teoria sugere que os atlantes eram, na verdade, seres extraterrestres que habitavam o mundo subterrâneo da Terra Oca. De acordo com essa teoria, os atlantes não só possuíam tecnologia avançada, mas também eram uma espécie híbrida resultante de experimentos genéticos conduzidos por esses seres alienígenas. A lenda da destruição de Atlântida seria, na verdade, um evento causado por conflitos entre facções alienígenas ou até mesmo por uma intervenção do governo mundial para ocultar a verdade da humanidade é interessante observar como a lenda de Atlântida se tornou um caldeirão de especulações e interpretações ao longo dos anos. A busca pela localização dessa cidade perdida continua, despertando a imaginação de pessoas ao redor do mundo.

Em resumo, a lenda de Atlântida começou com as fontes históricas de Platão, mas se expandiu e se transformou através de representações fictícias em HQs, animes e outras obras culturais. A verdade sobre Atlântida, no entanto, permanece um enigma que continua a despertar a curiosidade humana.

Espíritos enganadores

 "Um anjo ou espírito me falou"

Aprendemos com a bíblia que Satanás pode se transfigurar de anjo de luz (2 Co 11.14), Jesus ensina que o Diabo fala a mentira porque isso lhe é próprio, que ele é mentiroso e Pai da Mentira (João 8.44). Também, vemos que se os espíritos não falam de acordo com a lei e o testemunho divino, eles não são de luz (Is 8.20) que NÃO DEVEMOS crer em todo espírito, devemos provar os espíritos se eles são de Deus (1 João 4.1) e Deus nos ensina a fazer isso, quem é de Deus OUVE A PALAVRA DE DEUS (João 8.47), ouvir é uma metáfora que significa obedecer, aquele espírito seja vivo ou morto que não obedece a lei de Deus e seus mandamentos em toda a Bíblia é mentiroso e não procede de Deus, pois Deus é a Verdade (Jo 14.6), não ha luz nesses espíritos

Muitas religiões e seitas foram fundadas por pessoas que ouviram vozes de espíritos e anjos, o falso profeta Maomé recebeu suas revelações de anjos em uma caverna, essa revelação (como as outras religiões) apresenta uma outra maneira da pessoa ser salva que não a que apresentada no Evangelho portanto é maldita (Gl 1.8-9), o Mormonismo também segue a mesma fonte, Joseph Smith afirmou que recebeu sua revelação de um anjo e assim surgiu o outro evangelho, livro de Mórmon, com todas as suas doutrinas de demônios, a falsa profetiza Ellen G White defendeu diversas heresias em seus escritos e afirma-se que ela tinha um anjo que lhe assistia.

As seitas esotéricas e espíritas ensinam que recebem suas revelações de seres iluminados, mas se compararmos com a Bíblia essas revelações entram em contradição com o que está revelado ali, assim alguém que crê na Bíblia não pode ser espírita, umbandista ou exotérico, pois ambas coisas são incompatíveis.

A Verdade no meio da mentira

É uma estratégia do Diabo ao longo das eras misturar a verdade com a mentira, em Gênesis ele disse a mulher "é verdade que Deus disse que não podem comer de nenhuma árvore do Jardim" isso era uma mentira, mas depois disse uma verdade "os olhos de vocês se abrirão" haviam conceitos verdadeiros no meio da mentira, a árvore era verdadeira, o fruto era verdadeiro, Deus havia proibido alguma coisa, e o fruto de fato abria os olhos de quem comesse, assim a mulher começou a cair em sua conversa. Assim são as falsas religiões, há alguma verdade nelas: de fato há um mundo espiritual, de fato há vida depois da morte, de fato Deus é bom, como muitas dizem, mas seus conceitos são distorcidos

Conhecer, permanecer na Verdade, continuar conhecendo e continuar permanecendo

Jesus é a Verdade e Jesus é a Palavra de Deus (João 1.1, 14.6) quem permanece em Jesus permanece na Verdade e vice e versa, Jesus disse que a pessoa deve permanecer e conhecer a Verdade para ser liberta (João 8.32-36), isso fala que a fé não é só um botão que você aperta e acabou, ela é algo que você permanece exercendo o resto da Vida, em resumo você deve

1. Permanecer em Jesus (João 15.4)

2. Você deve continuar permanecendo nEle (Ibid)

3. Você deve conhecer Jesus (Os 6.3) 

4. Você deve continuar conhecendo Ele (Ibid)

Todos os homens precisam de Jesus sejam espíritas, hindus, mulçumanos ou cristãos há 60 anos ou mais, todos os homens tem a responsabilidade permanecer em Jesus, e isso os torna mais familiarizados com a Verdade.

Toda a seita tira Jesus do centro e coloca um homem, anjo/evento como sendo o foco do movimento e começam a falar mais desse homem do que de Jesus, nenhum homem de Deus agiu assim, antes todos com muito temor desejou que o povo de Deus permanecesse crendo em Jesus e adorando somente Ele, duvido muito que Agostinho, Lutero, Calvino ou Spurgeon iria gostar de tietagem ou coisas que tiram o foco de Cristo, esse é o princípio de toda a seita: um homem tem o controle e domínio sobre a consciência de todo o rebanho, ele encabeça as ovelhas, mas o Único mediador e cabeça dos homens é Jesus Cristo (1 Tm 2.5, 1 Co 11.3) 

Se você me acha desprezível e vê meus defeitos eu entendo e concordo contigo, não tenho nada a esconder, mas você precisa de Jesus tanto quanto eu, pois todos nós temos defeitos e pecado, meu trabalho não pode ser falar de mim mesmo, mas de Jesus Cristo.

Texto Yuri Schein 

Sola Scriptura

Sola Gratia

Sola Fide

Solus Christus

Soli Deo Gloria

Religiões não cristãs são demoníacas

 Se religiões não-cristãs são demoníacas porque Paulo citou "o louvor a Zeus" de Arato e Cretica de Cleanto (At 17.18-30)?

Existem verdades dentro de religiões não Cristãs, mas isso não significa que elas não são religiões demoníacas, apenas demonstra como o Diabo mistura a verdade com um monte de mentiras para enganar as pessoas.

O fato de demônios usarem verdades isoladas do cristianismo como "Deus ser o causador do movimento, vida e existência" do homem não tornaria a religião deles verdadeira, Paulo toma o trecho de um pagão a Zeus, mas essa verdade é isolada do restante "Zeus é um deus falso e quem adora ele adora o diabo" (1 Co 10.20)

Vale ressaltar que Paulo diz que os gregos eram IGNORANTES e prega sobre a pedra AO DEUS DESCONHECIDO, assim, IGNORAVAM (Atos 17.30) e DESCONHECIAM (Atos 17.23) verdadeiro Deus e adoravam aos demônios (1 Coríntios 10.20) 

Imagem: Mind Flayer (Devorador de mentes) Dugeons & Dragons 

Texto Yuri Schein 


Sola Gratia

Sola Christus

Sola Scriptura

Sola Fide

Soli Deo Gloria

Legado de Cromwell

 Oliver Cromwell, conhecido como o Protetor da Commonwealth, foi uma figura significativa na história da Inglaterra durante o século XVII. Nascido em 1599, Cromwell emergiu como um líder militar e político, tendo impactado profundamente o cenário político e religioso da época.

Cromwell foi um destaque na Guerra Civil Inglesa (1642-1651), que envolveu conflitos entre os parlamentaristas e os realistas fiéis ao rei Charles I. Ele liderou o Exército do Parlamento contra o rei e, após a execução de Charles I em 1649, tornou-se o governante de facto da Inglaterra.

Uma das características mais marcantes de Cromwell foi a sua adesão à teologia calvinista. Ele era um fervoroso adepto desta corrente protestante, que enfatizava a soberania de Deus, a eleição divina e a predestinação. Cromwell acreditava que estava predestinado por Deus para cumprir uma missão especial, e essa convicção moldou suas ações e políticas.

Suas frases célebres revelam sua visão teocrática. Uma delas é: "Coloco minha confiança em Deus, minha espada. Essa é a minha oração". Essa frase demonstra a crença de Cromwell de que suas vitórias militares eram resultado da vontade divina. Outra frase famosa é: "Relacione-se com homens religiosos, pois eles sabem como amar e odiar". Cromwell valorizava a devoção religiosa e buscava alianças com líderes e grupos religiosos para fortalecer sua posição política.

Durante seu governo, Cromwell buscou implantar uma série de reformas sociais e religiosas. Ele promoveu a liberdade religiosa para os protestantes, mas adotou uma postura repressiva em relação aos católicos e anglicanos, que considerava uma ameaça à estabilidade do Estado.

Um personagem importante em seu círculo de influência era seu Capelão, John Owen. Owen era um renomado teólogo calvinista e desempenhou um papel crucial na consolidação das crenças religiosas de Cromwell. Owen escreveu extensivamente sobre teologia e influenciou profundamente o pensamento religioso da época.

É importante ressaltar o contexto histórico da época de Cromwell para uma compreensão adequada de suas ações. A Inglaterra passava por um momento de crise política, religiosa e social. A Guerra Civil havia devastado o país, e a execução do rei Charles I marcou o fim da monarquia e o início de uma experiência republicana.

Cromwell buscou estabelecer uma República Puritana baseada nos princípios calvinistas. Sua liderança autoritária e sua busca por uma sociedade baseada na moralidade religiosa fizeram dele uma figura controversa. Para alguns, ele foi uma figura visionária e um defensor da liberdade religiosa, enquanto para outros, ele foi um tirano religioso.

Em última análise, Oliver Cromwell deixou um legado duradouro na história da Inglaterra. Sua habilidade militar, suas políticas religiosas e seu governo autoritário deixaram uma marca indelével no país. Independentemente das opiniões divergentes sobre suas ações, Cromwell certamente foi uma figura influente que moldou o curso da história inglesa.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

A Modéstia ou decência é um mandamento tanto para homens quanto mulheres


O texto de 1 Timóteo 3:2 instrui que um bispo deve ser “moderado” ou “sóbrio” em seu comportamento 1. Em outras palavras, um bispo deve ser um exemplo de modéstia e decência¹. Além disso, somos instruídos a imitar nossos pastores em Hebreus 13:7 2. Portanto, podemos deduzir que devemos imitar a modéstia e decência² dos nossos pastores, assim como eles são instruídos a serem moderados e sóbrios.


Podemos resumir essa dedução em um silogismo:


Premissa Maior: Bispos devem ser moderados (modestos) e sóbrios (1 Timóteo 3:2)¹.

Premissa Menor: Devemos imitar nossos pastores (Hebreus 13:7).

Conclusão: Devemos imitar a modéstia¹ e decência dos nossos pastores.


¹ informação adicional: A palavra grega usada em 1 Timóteo 3:2 para “moderado” ou “sóbrio” é “sophron”, que também é usada em 1 Timóteo 2:9 para descrever a modéstia que é esperada das mulheres . Portanto, podemos concluir que a modéstia é uma virtude que se aplica tanto a homens quanto a mulheres.


² A palavra “decência” é frequentemente usada como sinônimo de “modéstia” na Bíblia. Em 1 Timóteo 2:9, Paulo instrui as mulheres a se vestirem com modéstia e decência. A palavra grega usada para “decência” é “aidos”, que significa “vergonha” ou “modéstia” 1. Portanto, podemos concluir que a decência é uma virtude que se aplica tanto a homens quanto a mulheres.


³ Uma definição do Dicionário Modestia: Em concordância com as regras morais e éticas de uma sociedade; decência


A definição do Dicionário concorda com a ideia de alguns teólogos de que a modéstia é relativa de acordo com a cultura e contexto social: Paul Tilich e James Fowler.


Já as definições de modéstia para grupos diferentes de Cristãos são distintas, há grupos que não permitem nem que a mulher exponha as canelas, e homens não exponha o tórax, e outros grupos defendem que a mulher exponha até os joelhos, e homens andem sem camisa, porém a modéstia nos tempos do apóstolo Paulo incluía a mulher e homem cobrir quase todo o corpo, esse debate é importante, pois nosso contexto social presente pode ser vergonhoso de mais para ser tolerado pelos cristãos e isso esbarraria em outro preceito divino: devemos glorificar a Deus em tudo o que fazemos (1 Co 10.31)